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Encontro #32, módulo 3


O encontro de hoje foi uma EXPERIÊNCIA dessas que a gente vai levar pro resto da vida. Numa pegada bem VISUAL, perambulando entre a ARTE DE RUA e o DESIGN, o COLORIDO e o TÉCNICO, o Dinas nos contou um pouco sobre a arte do GRAFITTI, essa manifestação artística feita em espaços públicos, principalmente nos centros urbanos.

Grafitteiro e arte-educador, o nosso oficineiro bateu um longo papo conosco, contando um pouco de sua trajetória e do que é, de fato, o grafitti. Ele nos contou também que a origem da palavra “grafitti” é italiana e significa “escrita feita com carvão” e que esse tipo de arte começou no Brasil no final dos anos 70. Considerada uma arte marginal durante muito tempo por aqui, hoje o grafitti brasileiro é reconhecido mundialmente com um dos melhores do mundo! Há vários grafiteiros brasileiros que estão fazendo sucesso ao redor do mundo e vivendo de sua arte, como Tikka, Binho, Alex Senna, Crânio, Kobra – que fez o maior grafitti do mundo para as Olimpíadas do Rio em 2016.


Isso tudo aconteceu dentro da sala de aula, pra gente ir se aproximando e familiarizando cada vez mais com os tipos de grafia que essa performance tem.


Na roda de apresentação, a gente falou se já conhecia essa forma de arte, se gostava ou não, o que sabia e por aí vai. Dinas também contou um pouco de suas coisas, falou de como desenvolveu suas técnicas e se foi se construindo artista. O mais importante desse diálogo todo foi compreender que, no final das contas, nossas conquistas são reflexo direto daquilo que a gente luta e que a arte é uma ferramenta essencial pra isso.


Dinas também nos mostrou um pouco dos seus trabalhos e nos ensinou algumas técnicas. Com uma folha preenchida com o alfabeto, ele mostrou como escrever nesse estilo mais "grafitteiro" ao desenhar as letras usando um retângulo. Aliás, ele nos lembrou que todas as letras são compostas por formas geométricas e isso nos facilita construí-las de uma forma mais proporcional e assimétrica. Pra isso, a gente teve que escrever alguma palavra – podia ser nosso nome, apelido ou até o nome de alguém querido – e depois de feito, apagar o seu interior e deixar somente o contorno da letra. É aí que vem a segunda técnica aprendida no dia: colorir. Usando um estilo degradê, a gente foi pintando nossas palavras e dando vida à ela. Por fim, Dinas explicou como aplicar luz no nosso desenho, brincando com sombreado e angulação. Foi muito BACANA!


Esse encontro foi essencial pra gente entender que grafitti também é CULTURA. É mais RADICAL, menos conservador e é um reflexo direto da nossa vivência e experiência. O spray, quando em punho, pode ser uma arma. Pode ofender, reivindicar, protestar ou até fazer poesia. Só basta a gente escolher e saber usar com consciência.


Além disso, Dinas nos deixou uma lição valiosa: não importa quão DESAFIADORA alguma situação seja, a gente é capaz de dar conta e ver BELEZA no caos. Tipo graffiti na cidade: a gente consegue ressignificar tudo, basta querer!


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